segunda-feira, 21 de julho de 2008

Há 200 anos. 20 de Julho 1808

Julho, 20
-José Bonaparte nomeado rei de Espanha pelo irmão Napoleão, chega a Madrid.
-Depois de cometerem todo o tipo de desacatados, as forças do general Loison [o maneta] regressam a Lisboa.
-Chega a Corunha, Espanha, a expedição militar inglesa sob o comando de Sir Arthur Wellesley.
-Évora insurge-se e forma uma junta suprema presidida por Frei Manuel do Cenáculo.



« D.Frei Manuel do Cenáculo Vilas Boas Anes de Carvalho nasceu em (Lisboa, a 1 de Março de 1724, tendo vindo a falecer em Évora, a 26 de Janeiro de 1814).
Era de origem modesta e professou na Ordem Terceira de São Francisco. Estudou na Universidade de Coimbra, onde veio também a ser professor e membro da Junta Reformadora da Universidade, onde desempenhou um importante papel na reforma do ensino naquela instituição. Foi indicado à presidência da Real Mesa Censória pelo Marquês de Pombal, a quem sugeriu a criação biblioteca nacional. Em 1770, o Papa Clemente XIV resolveu restaurar a antiga Diocese de Beja, escolhendo Frei Manuel do Cenáculo para seu primeiro Bispo. Em Beja a sua acção pastoral ficou marcada pela organização da restaurada diocese e pela promoção da disciplina do Clero. Foi ainda naquela cidade que D.Manuel do Cenáculo juntou uma importante colecção de peças arqueológicas, tendo sido o pioneiro dos museus em Portugal. A sua carreira eclesiástica não se ficou por primeiro Bispo da restaurada Beja, pois em 3 de Março de 1802, D.Manuel do Cenáculo foi nomeado para Arcebispo Metropolitano de Évora, já com 72 anos de idade. Em Évora teve de suportar todos os desmandos das Invasões Francesas, especialmente da primeira, que devastou humana, cultural e materialmente as suas cidade e arquidiocese. Foram assassinadas centenas de pessoas, entre populares, sacerdotes e até o próprio Bispo Auxiliar da Arquidiocese, D.Jacinto Carlos da Silveira (que veio a ser sepultado na famosa Capela dos Ossos do Convento de São Francisco.) Para além disto D.Manuel do Cenáculo assistiu ao roubo de inúmeras peças de ourivesaria da Catedral e de todas as igrejas, não tendo a hecatombe sido maior porque o próprio Arcebispo interveio junto dos invasores. A D.Manuel do Cenáculo Évora deve ainda a fundação da Biblioteca Pública, cujas primeiras colecções foram os livros privados do culto Arcebispo
Biografia detalhada no Instituto Camões (AQUI)

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