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«Para restaurar as unidades dissolvidas pelos franceses, o exército português é restabelecido oficialmente, por decreto de 30 de Setembro de 1808, no qual o Príncipe Regente ordena que se formem “todos os Corpos de Infantaria, Cavalaria e Artilharia, que compunham o mesmo exército no tempo que foi completamente desorganizado pelo intruso Governo Francês, e Ordenam que todos os Oficiais, Oficiais Inferiores, Tambores e Soldados se reúnam no espaço de hum mez àqueles Corpos a que pertenciam antes da sobredita desorganização, nos seus antigos Quartéis, declarados na relação junta a este edital.”[1] e, em edital anexo da mesma data, se informam os oficiais, os sargentos e os soldados dos locais onde se estão a reorganizar os antigos corpos.
Regimentos de infantaria números 1, 4, 10, 13 e 16 Lisboa; 7 Setúbal; 19 Cascais; 5, 7 e 22 Elvas, 3 Estremoz; 8 Castelo de Vide; 15 Vila Viçosa; 20 Campo-Maior; 2 Lagos; 14 Tavira; 11 Viseu, 23 Almeida; 6 e 18 Porto; 9 Viana 21; Valença; 12 Chaves e 24 Bragança. Regimentos de Cavalaria 1, 4 e 7 Lisboa; 10 Santarém; 8 Elvas; 2 Moura; 3 Beja; 5 Évora; 11 Almeida; 6 e 9 Chaves e 12 Bragança. Regimentos de Artilharia 1 S. Julião, 3 Estremoz, 2 Faro, 4 Porto.
Anexo ao decreto, vinha um edital com a mesma data, onde se informam os oficiais, os sargentos e os soldados dos locais onde se estão a reorganizar os antigos corpos,...
Acerca da tomada de Olivença pelos espanhóis em 1657 – um artigo de Antonio 
José Rodríguez Hernández, nas III Jornadas de Historia Militar de 
Extremadura
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Do estimado amigo Julián García Blanco, a quem renovo os meus 
agradecimentos, recebi as atas das III Jornadas de Historia Militar de 
Extremadura. Entre out...
Há 1 dia
 
 
 







 

 
  
  A própria data de construção não é certa, e as múltiplas transformações por que passou ao longo da sua existência, determinaram a adulteração completa da disposição original interna. Logo em 1755, aquando do grande terramoto, o forte sofreu pesados danos, desmoronando-se algumas paredes. O processo de reconstrução que se seguiu foi, ao que tudo indica, demasiado demorado e a fortificação nunca mais atingiu a importância que se crê ter estado na sua origem. Dez anos após o tremor de terra, uma notícia indica não existir ainda quartel e armazém para a pólvora no seu interior. Parece mesmo que a reconstrução definitiva do forte apenas teve lugar quarenta anos depois de 1755, nas vésperas do país ser invadido pelas tropas francesas.Fosse como fosse, o certo é que logo na terceira década do século XIX o forte estava destruído e abandonado. Uma relação de trabalhos elaborada nos anos quarenta de Oitocentos indica que os trabalhos de reconstrução a realizar seriam de grande vulto, neles se integrando a desobstrução de grande parte das muralhas, indicador de que era já estrutural o abandono da fortaleza. Pelo final do século, o espaço passou para a Alfândega de Faro, que aqui instalou um ponto de fiscalização da sua Guarda. Ao longo do século XX, as várias tentativas para se rentabilizar (e preservar convenientemente) o espaço debateram-se com a inércia das instituições. Uma proposta de adaptação a unidade turística, sugerida pela DGEMN, não foi concretizada e, no presente, o pequeno forte mantém uma guarnição da Guarda Fiscal no interior, ao mesmo tempo que as velhas muralhas, de boa construção militar, se vão degradando, apresentando já perigosos sinais de desagregação, junto a alguns cunhais.
A própria data de construção não é certa, e as múltiplas transformações por que passou ao longo da sua existência, determinaram a adulteração completa da disposição original interna. Logo em 1755, aquando do grande terramoto, o forte sofreu pesados danos, desmoronando-se algumas paredes. O processo de reconstrução que se seguiu foi, ao que tudo indica, demasiado demorado e a fortificação nunca mais atingiu a importância que se crê ter estado na sua origem. Dez anos após o tremor de terra, uma notícia indica não existir ainda quartel e armazém para a pólvora no seu interior. Parece mesmo que a reconstrução definitiva do forte apenas teve lugar quarenta anos depois de 1755, nas vésperas do país ser invadido pelas tropas francesas.Fosse como fosse, o certo é que logo na terceira década do século XIX o forte estava destruído e abandonado. Uma relação de trabalhos elaborada nos anos quarenta de Oitocentos indica que os trabalhos de reconstrução a realizar seriam de grande vulto, neles se integrando a desobstrução de grande parte das muralhas, indicador de que era já estrutural o abandono da fortaleza. Pelo final do século, o espaço passou para a Alfândega de Faro, que aqui instalou um ponto de fiscalização da sua Guarda. Ao longo do século XX, as várias tentativas para se rentabilizar (e preservar convenientemente) o espaço debateram-se com a inércia das instituições. Uma proposta de adaptação a unidade turística, sugerida pela DGEMN, não foi concretizada e, no presente, o pequeno forte mantém uma guarnição da Guarda Fiscal no interior, ao mesmo tempo que as velhas muralhas, de boa construção militar, se vão degradando, apresentando já perigosos sinais de desagregação, junto a alguns cunhais.




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
