sábado, 28 de fevereiro de 2009

De volta ao Blog.



Por motivos de ordem pessoal e profissional não me tem sido possível actualizar o blog com a frequência pretendida.

Tentarei na próxima semana retomar os textos.


Como recompensa, aos resistentes nas visitas, a quem agradeço junto imagens de uma medalha com Wellington na qual são visiveis as armas de Portugal.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Livros

Navegando por alfarrabistas, reparei neste livro com um excelente tema bastante actual.

"APONTAMENTOS POLITICOS SOBRE OS PRINCIPAES ABUSOS, E DEFEITOS DO ANTIGO GOVERNO DE PORTUGAL, E MEIOS PARA SE EMENDAREM:
" de Francisco Vieira de ABREU ; Impressão Régia, Lisboa, 1820.

Claro que os abusos são sempre nos antigos governos e nunca nos actuais.

Mas esse é um problema que se resolve deixando passar o tempo.

Logo será antigo.

Exército Auxiliar à Coroa de Espanha -1793

Exército Auxiliar à Coroa de Espanha -1793 Campanha do Russilhão
Estado-Maior

COMANDANTE EM CHEFE - Tenente-general graduado JOHN FORBES SKELLATER
Ajudantes de ordens:
- Tenente-coronel Louis Charles de Claviére
- Major graduado Nuno Freire de Andrade
- Major graduado D. Miguel Pereira Forjaz
- Capitão Charles Andrew Harth


Generais de Linha:

1º GENERAL DA LINHA -Marechal-de-campo D. António Soares de Noronha

Ajudantes de ordens:
Tenente-coronel João Barreiros Garro
Tenente Lourenço Correia da Gama

2º GENERAL DA LINHA- Marechal-de-campo D. Francisco Xavier de Noronha

Ajudantes de ordens:
Coronel D. António Salles de Noronha,
Capitão graduado Francisco Ventura Rodrigues Velho,
Ajudante general
Coronel D. Pedro de Almeida Portugal, conde de Assumar, (depois Marquês de Alorna)
Quartel-mestre general
Coronel de Engenharia José de Morais d'Antas Machado,
Oficias engenheiros para servirem de ajudantes do quartel mestre general:
Ajudantes:
Capitão de Engenharia Pedro Celestino Soares
1º Tenente de Engenharia Paulo José de Barros
Auditor geral: Tinha a seu cargo todos os conselhos de guerra que se fizessem.
Desembargador José António Ribeiro Ferreira,
Intendente geral da polícia do Exército:
Desembargador e Auditor do Regimento de Peniche, Francisco José de Aguiar e Gouveia. Tinha a seu cargo vigiar (...) cuidadosamente que se não cometam desordens, nem se introduzem relaxações, e poderá prender todas as pessoas, assim civis, como militares, que achar em flagrante delito (...).,
Capelão mor:
Nuno Rodrigues da Horta, beneficiado da Igreja Patriacal. A sua função era a de (...) fazer cumprir exactamente, a todos os capelães dos regimentos e do hospital as suas obrigações (...) do mesmo modo vigiará sobre tudo quanto disser respeito à reverência do culto, à conservação da boa moral e da pureza dos costumes(...).
Médicos, Inspectores do Serviço de Saúde:
1º Médico - Dr. João Francisco de Oliveira,
2º Médico - João Manuel Nunes do Vale
Cirurgião Mor – Luís Martins da Rua


REPARTIÇÕES CIVIS DO EXÉRCITO

SECRETARIA:

Composta por 1 Primeiro e Segundo secretário; 2 Adidos e 2 Correios.

CAIXA MILITAR:

1 Tesoureiro Geral das Tropas; 2 Pagadores; 3 Escriturários e 1 Porteiro. O Tesoureiro Geral tinha a seu cargo (...) toda a caixa militar, a receita e despesa geral do Exército em todos os diferentes ramos da sua economia. Portanto todas as repartições de fazenda lhe ficavam subordinadas, e respondiam perante ele sobre a verificação e recenseamento das suas contas semanais e mensais (...).

HOSPITAL E BOTICA:

2 Capelães; 1 Almoxarife do Hospital; 1 Escrivão da receita do Almoxarife; 1 Fiel do Almoxarife, 1 Despenseiro; 1 Boticários; 2 Praticantes; 6 Enfermeiros; 1 Cozinheiro e 1 Ajudante de Cozinheiro.

REPARTIÇÃO DE VIVERES:

1 Comissário; 2 Feitores e 2 segundos Escriturários.

REPARTIÇÃO DAS CARRUAGENS:

1 Comissário Intendente; 3 Escriturários; 1 oficial para arrumação e 1 Mestre Director da Música do Exército.

As repartições civis compunham-se assim de : da secretaria, tendo 1 primeiro e segundo secretario, 2 pessoas adidas e 2 correios; da caixa militar com 1 tesoureiro geral das tropas, 2 pagadores, 3 escriturários e 1 porteiro; do hospital e botica, tendo 2 capelães, almoxarife do hospital, 1 escrivão da receita do almoxarife, 1 fiel do almoxarife, 1 despenseiro, 1 boticário, 2 praticantes, 6 enfermeiros, 1 cozinheiro e 1 ajudante do cozinheiro; da repartição de viveres, tendo 1 comissário, 2 feitores e 2 segundos escriturários; e finalmente da repartição das carruagens, com 1 comissário intendente, 3 escriturários, 1 oficial para arrumação e 1 mestre-director da musica do exercito.

1ª Brigada (companhias de fuzileiros)
Comandante: Marechal-de-campo D. João Correia de Sá,

Major de Brigada: major do 2º Regimento do Porto Florêncio José Correia de Melo,
Ajudante de ordens: capitão graduado do Regimento de Freire Conde de Tarouca,
1º Regimento de Infantaria de Olivença. Comandante: coronel João Jacob de Mestral,
2º Regimento de Infantaria do Porto. Chefe: Marechal-de-campo D. João Correia de Sá,
Regimento de Infantaria de Freire. Comandante: coronel Gomes Freire de Andrade,

2ª Brigada (companhias de fuzileiros)
Comandante: Marechal-de-campo José Correia de Melo,

Major de Brigada:??
Ajudante de ordens: ??
1º Regimento de Infantaria do Porto. Chefe: Marechal-de-campo José Correia de Melo,
Regimento de Infantaria de Peniche. Comandante: coronel António Franco de Abreu,
Regimento de Infantaria de Cascais. Comandante: coronel Francisco da Cunha Menezes, Monteiro-mor,

3ª Brigada (companhias de Granadeiros)
Comandante: coronel Gomes Freire de Andrade
[1],

Organizada com as 12 companhias de Granadeiros dos 6 regimentos de infantaria da Divisão
O estado-maior de cada corpo compunha-se de 3 pessoas, e o pequeno estado maior de 12: cada um dos mesmos corpos tinha alem disso 10 capitães, 10 tenentes, 10 alferes, 10 sargentos, 10 furriéis, 10 porta bandeiras, 50 cabos de esquadra, 22 Pífanos e tambores, 672 soldados, incluindo 12 porta machados. Cada companhia de fuzileiros era composta de 66 praças de soldados e anspeçadas, e as de granadeiros de 72 praças, incluindo a porta machados.

Brigada de Artilharia
Comandante: major José António da Rosa, lente da Academia de Fortificação

Composta por quatro Companhias reunidas em duas Divisões, sendo os militares da Brigada proveniente dos Regimentos de Artilharia do Alentejo (ou de Estremoz), Porto (ou de Viana, onde se encontrava aquartelado desde 1795) e Algarve (com sede em Faro).

ESTADO-MAIOR:

2 Sargentos-Mores (comandantes); 1 Ajudante (graduado em Capitão); 1 Quartel--Mestre (graduado em Capitão) e 1 Capelão.

PEQUENO ESTADO-MAIOR:

1 Cirurgião-Mor; 1 Ajudante de Cirurgião e 1 Tambor-Mor.

Segundo comandante - António Teixeira Rebelo
Quartel Mestre: capitão graduado do Regimento de Artilharia de Marinha Caetano José Vaz Parreiras,

Ajudante: capitão graduado do Regimento de Artilharia de Estremoz Manuel José Durão Padilha.
1ª Divisão: major José António da Rosa
2ª Divisão: major do Regimento de Artilharia da Corte António Teixeira Rebelo,
Capelão - O padre António Figueiredo Lacerda.
Cirurgião-mór - José Joaquim Franco.
4 Ajudantes do ditto.
1 Tambor mor
Levava mais 4 capitães, 6 primeiros-tenentes, 8 segundos tenentes, 12 sargentos, 4 segundos artífices de fogo, 12 furriéis, 28 cabos, 32 artífices de diferentes ofícios, 336 soldados e 8 tambores, fazendo ao todo 461 praças, isto é, 4 Companhias a 105 praças; Estado-maior e pequeno estado 9 ; Ferradores e artífices de diferentes ofícios, segundo a sua enumeração 32, tudo 461 homens.
Material: 6 obuses de 6 polegadas, 2 peças de calibre 6 e 14 de calibre 3.
Corpo de engenheiros
Comandante em chefe, que foi o coronel José de Morais d'Antas Machado
Segundo comandante, o tenente-coronel Isidoro Paulo Pereira
Sargento-mor de brigada, Manuel de Sousa Ramos;
2 Capitães e 3 primeiros tenentes, ou 8 oficiais ao todo.

[1] Segundo nos indica Latino Coelho(5) In: “História Militar e Politica de Portugal”, Tomo III, Lisboa 1891, pp.89., (...) não se lhe designou desde logo chefe especial(...), contudo Cláudio de Chaby(6), In: “Excerptos Históricos”, Tomo I, por Cláudio de Chaby; Lisboa 1863, pp. 48.
indica-nos que (...) o Coronel Gomes Freire de Andrade devia mandar a Brigada de Granadeiros (...), finalmente Luz Soriano(7) Luz Soriano, no Tomo II, 1.ª Época da sua “ História da Guerra Civil, etc.”, Lisboa 1879, nas pp. 512., afirma que (...)para e de Granadeiros, o Coronel Gomes Freire de Andrade (...).


Retirado de "O Exército Português na Guerra Peninsular" - vol I, João Centeno.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Revista de Artilharia

Outra novidade. A Revista de Artilharia publicou a sua 1000 revista.




Nesta revista, vem um artigo do Cor. Art João Vieira Borges com o titulo " A Guerra Peninsular na Revista de Artilharia "


A boa novidade é que tal artigo está online aqui.



Já antes tinha sido publicado u artigo sobre a peça francesa capturada durante a batalha de Vitoria, artigo com o título "Um Canhão da Guerra Peninsular " aqui.

Tenho a revista algures, não me lebrando do nome do autor do mesmo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Há 200 anos. Janeiro de 1809.

Janeiro, 1 - Entre Benavente e Astorga, Napoleão Bonaparte recebe despachos avisando-o dos preparativos de guerra da Áustria.

Janeiro, 2 - O príncipe regente confirma o Governo a exercer funções em Lisboa nomeado pelo general Dalrymple: era constituído pelo Patriarca eleito de Lisboa, o marques das Minas, o conde de Castro Marim e outros. [Decreto de nomeação da Junta de Regência].

Janeiro, 3 - Em Astorga, Napoleão Bonaparte entrega o comando das forças franceses, que perseguiam o exército britânico do general Moore, em retirada para a Corunha, ao marechal Soult. Os franceses atacam a retaguarda das Forças Britânicas comandadaos por Moore.

Janeiro, 5- Combate de Constantino entre o exército britânico de Moore e forças francesas de Soult.

Janeiro, 7 –Invasão e inicio da ocupação da Guiana francesa por tropas portuguesas no Brasil, em represália pela invasão de Portugal pelas forças napoleónicas. O exército português desembarca na Guiana a, tomando sucessivamente os portos de Diamante e Degrasdes-Cannes.

Janeiro, 9 - D. Rodrigo de Sousa Coutinho, secretário de estado dos negócios estrangeiros e da guerra, no Brasil, envia um ofício ao embaixador português em Londres, D. Domingos de Sousa Coutinho, encarregando-o de escolher um general britânico para comandar o exército português.
Instruções do conde de Linhares para D. Pedro de Sousa e Holstein, Enviado Especial e ministro Plenipotenciário junto do Governo Central de Espanha, sobre a questão de Olivença.

- Combate de Lugo entre o exército britânico de Moore e forças francesas de Soult.
- Tratado de paz e aliança entre a Grã-Bretanha e a Espanha.

Janeiro, 10 - Caiena, capital da Guiana francesa, a Norte do Brasil, é conquistada pelo exército português.
Combate de Betanzos entre o exército britânico de Moore e forças francesas de Soult.

Janeiro, 11 - O exército britânico de Moore chega à Corunha, mas a frota que transportaria o exército ainda não tinha chegado.

Janeiro, 12 - Capitulação das autoridades da Guiana francesa as força dos Exércitos Reais.

Janeiro, 13 – as Forças Francesas sob o comando de Victor derrotam em Ucles as forças espanholas sob o comando de Infantado.

Janeiro, 14 – A esquadra naval inglesa chega à Corunha.

Janeiro, 16 - Batalha de Corunha. O exército britânico, comandado pelo general Moore, venceu o exército francês, comandado pelo marechal Soult. A vitória de Moore, que morreu no decurso da batalha, permitiu que a força britânica embarcasse com toda a segurança nos navios que a esperavam, e que levaram as tropas de regresso à Grã-Bretanha.

Janeiro, 17 - Napoleão Bonaparte parte de Valladolid para França. Chegará a Paris a 23.

Janeiro, 18- A forças inglesas, agora comandadas pelo General Hope, terminam de ser evacuadas da Corunha .

Janeiro, 19 – Na abertura do Parlamento inglês o monarca manifesta viva satisfação pelos êxitos militares logrados na Península contra os franceses, mas desaprova alguns artigos contemplados na Convenção de Sintra.

Janeiro, 20 - Combate de Calzadilla (Espanha) contra os franceses e em que participaram soldados portugueses do Regimento de Cavalaria 11.

Janeiro, 21 – Em Portugal -Proclamação de incitamentos a união de todos os portugueses e ao Governo legitimo.
Festejos no Rio de Janeiro para celebrar a restauração do Reino com a saída dos franceses.

Janeiro, 22 - José Bonaparte, nomeado rei de Espanha pelo irmão, regressa a Madrid.

Janeiro, 28 - o general Soult recebe ordens para invadir Portugal pela fronteira da Galiza

Janeiro, 30 - O general Bernardim Freire de Andrade, comandante do Exército de
Operações do Norte, encarregue da defesa do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes, sai do Porto dirigindo-se para Braga.

Os Uniformes Portugueses na Guerra Peninsular

Mais um livro.
Desta vez sobre uniformes.
Os Uniformes Portugueses na Guerra Peninsular de Pedro Soares Branco.
Tenho as obras deste autor, e esta ultima foi-me oferecida.
Quem bom. Obrigado Nuno por esta oferta.

Mais um livro a não perder.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

STEPHEN GEORGE PEREGRINE WARD

Faleceu no dia 6 de Outubro de 2008 STEPHEN GEORGE PEREGRINE WARD, autor de inumeras obras sobre a epoca da guerra peninsular e sobre o exercito anglo-portugues, entre as quais Wellington's Headquarters [Oxford : University Press, 1957.], Wellington [London : B. T. Batsford, 1963.], e muitos artigos na Society of Army Historical Research como o artigo 'The Portuguese infantry brigades, 1809-1814'.
Morreu com 91 anos