sábado, 27 de fevereiro de 2010

Portuguese and Spanish armies

We are mistaken if we believe that what these Portuguese and Spanish armies require is discipline properly so-called. They want the habits and spirits of soldiers-the habits of command on one side and of obedience on the other; mutual confidence between officers and men; and above all, a determination in the superiors to obey the spirit of the orders they receive, let what will be the consequence, and the spirit to tell the true cause if they do not "

Wellington to Earl of Liverpool, Badajoz, November 14, 1809

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Peça de Artilharia Schneider Canet


A peça de artilharia Schneider Canet foi referida no post sobre a primeira guerra mundial.

Fica aqui o texto retirado do Museu de Angara do Heroismo e a Imagem da peça .

"Na sequência da reforma do serviço militar efectuada em 1901, o Governo Português decidiu renovar o armamento de artilharia de campanha, nomeando uma comissão de oficiais para examinar comparativamente os modelos produzidos nas fábricas Krupp alemã e Schneider francesa. Esta comissão optou pelo modelo 75 francês, por considerá-lo “o mais perfeito e mais completo de todos os que tiveram ocasião de ver e apreciar”, tendo sido adquiridas 36 batarias das quais fazia parte a peça em exposição.


Produto da tecnologia do aço, o canhão 75 francês, da fábrica Schneider Frères & Cie., foi decisivo na vitória Republicana de 5 de Outubro de 1910 e no desenrolar da Grande Guerra, equipando parte das forças aliadas e o Corpo Expedicionário Português que se deslocou a França para participar no conflito. Foi nesta altura que algumas peças deste modelo foram aquarteladas no Castelo de São João Baptista sob a designação de Bateria de Artilharia de Guarnição n.º 3, aí permanecendo até aos anos quarenta.

Esta bataria integrou a defesa da Ilha Terceira e esteve aquartelada no Castelo de S. João Baptista desta cidade sob a designação de BAG 3 (Bataria de Artilharia de Guarnição n.º 3).

O conjunto existente no Museu de Angra do Heroísmo é o único completo em instituições museológicas e é constituído por :

•4 peças de artilharia 7,5 cm TR
•4 armões de tracção das peças de artilharia
•4 carros de munições
•4 armões de tracção dos carros de munições
•1 carro de bateria
•1 forja
•2 armões de tracção do carro de bataria e da forja.
Os arreios mod. 1917 fazem parte da bataria. Os armões de tracção, além de servirem para o transporte dos artilheiros serventes, contêm cofres para transporte de munições, ferramentas e acessórios diversos"

“Este reino é obra de soldados”


“Essas poucas páginas brilhantes e consoladoras que há na História do Portugal Contemporâneo escrevemo-las nós, os soldados, lá pelos sertões da África, com as pontas das baionetas e das lanças a escorrer em sangue. Alguma coisa sofremos, é certo; corremos perigos, passámos fomes e sedes e a não poucos prostraram em terra para sempre as fadigas e as doenças. Tudo suportámos de boa mente porque servíamos El-Rei e a Pátria, e para outra coisa não anda neste mundo quem tem a honra de vestir uma farda. Por isso nós também merecemos o nome de soldados; é esse o nosso maior orgulho”.
(...)

“Este reino é obra de soldados”
(...)
“Porque ser soldado não é arrastar a espada, passar revistas, comandar exercícios, deslumbrar as multidões com os doirados da farda. Ser soldado é dedicar-se por completo à causa pública, trabalhar sempre para os outros”

Mouzinho de Albuquerque
(in, carta a S. Alteza Real o Príncipe D. Luis Filipe de Bragança).
Imagem retirada de AQUI

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Waterloo




Hoje não resisto a colocar parte do excelente filme Waterloo, no qual se podem ver uma carga de cavalaria, e a defesa da infantaria com formações em quadrado.


Isto bem podia ser uma imagem da Guerra Peninsular, retirada da batalha de Salamanca ou Vitoria.

O quadrado era a única forma da infantaria se defender de um ataque.

Esta defesa também era usada noutras situações de defesa, por exemplo, no combate Marracuene (2 de Fevereiro de 1895) , primeira grande vitória Portuguesa na campanha do fim dos sec XIX em Moçambique.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Portugal nas Trincheiras - a I Guerra da República."



MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA INAUGURA EXPOSIÇÃO SOBRE PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Exposição “Portugal nas Trincheiras - a I Guerra da República”
Museus da Politécnica
Rua da Escola Politécnica, 60, Lisboa
23 de Fevereiro a 23 de Abril
Horário
Terça a Quinta e Domingos: 10h00-18h00
Sexta/Sábados: 10h00-24h00
Tel. 213614660

O Museu da Presidência da República vai inaugurar no próximo dia 23 de Fevereiro, no Antigo Picadeiro dos Museus da Politécnica, em Lisboa, a exposição “Portugal nas Trincheiras: a I Guerra da República”.

No ano em que se comemora o primeiro centenário da República Portuguesa, esta iniciativa pretende evocar o primeiro grande acontecimento internacional em que participou o regime instaurado em 1910. É, também, uma oportunidade para homenagear o Combatente português da I Guerra Mundial, através da evocação do seu dia-a-dia, das suas alegrias, angústias e memórias.

Graças ao apoio do Exército, da Liga dos Combatentes e de dezenas de particulares que se associaram a esta iniciativa, foi possível reunir um conjunto muito significativo de peças e documentos relativos à presença das tropas portuguesas na frente de guerra europeia. Desde a partida das tropas para a Flandres – em Fevereiro de 1917 -, até à evocação da memória da Guerra através da Arte, a exposição mostrará a preparação das tropas; a forma de fazer a guerra; o quotidiano dos soldados; a Saúde em contexto de guerra; o que foi a Batalha de La Lys; o papel dos Presidentes da República Portuguesa no conflito e como acabou a guerra, em Novembro de 1918, e se chegou ao Tratado de Versalhes de 1919.

Entre as mais de 200 peças e documentos que estarão em exposição no Antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres, destacam-se duas: o canhão Schneider-Canet de 75mm, peça de artilharia pesada utilizada pelo Corpo Expedicionário Português (CEP), e que é bem exemplo do que foi a I Guerra Mundial ao nível da inovação bélica.

De dimensões opostas mas de significado equivalente, um pequeno diário de guerra de um soldado oriundo de uma aldeia da Beira Alta contará a experiência da Grande Guerra na 1ª pessoa e em português. Outros documentos, como correspondência enviada pelos soldados para Portugal, peças do quotidiano, como marmitas, colheres e objectos artísticos elaborados pelos soldados a partir de munições, ou objectos menos agradáveis, mas com igual importância histórica, como instrumentos cirúrgicos utilizados pelos médicos do CEP, permitirão ao visitante fazer uma autêntica viagem no tempo.

Essa viagem será acompanhada, a par e passo, pela imagem – fotografia e filme –, permitindo evocar o Combatente “anónimo”, mas também aquele cujo nome está hoje associado a outros contextos, esquecida que foi a sua condição de combatente da I Guerra Mundial. Serão, assim, entre outros, evocadas as memórias associadas à Grande Guerra de Jaime Cortesão, Anastácio Gonçalves e Hernâni Cidade.

“Portugal nas Trincheiras: a I Guerra da República” será – espera-se –, uma lição de “História ao vivo”.





domingo, 21 de fevereiro de 2010

Estado do Regimento de Lagos em 1814.

Estado-Maior

Coronel Jorge D´Avilez Zuzarte de Sousa
Tenente-Coronel John Gomersall
Major Robert Ray
Major Bernardo António Zagallo

Ajudante - Tenente José de Mello de Brito
Ajudante – Tenente José Cândido de Mendonça
Pagador – João de Almeida
Quartel-Mestre - Lazaro da Silva Ferreira
Quartel-Mestre – Manoel Viegas Cabrita
Capelão Padre José Maurício Souto Maior
Cirurgião Mor- Francisco Avellez Carneiro
Ajudante do cirurgião – José Joaquim Franco
Ajudante do cirurgião – Luís José Rodrigues [Miranda]
Ajudante do cirurgião – José Romão Pereira [Nillo]
Ajudante do cirurgião – Nicolau Joaquim Aguas
Secretario - ?


CAPITÃES
Capitão António Pereira Brito
Capitão Correia Leote
Capitão João Rosendo Mendonça
Capitão David MacPeherson [ também usa Mc Pierson]
Capitão Manuel de Azevedo
Capitão Alexandrino Pereira
Capitão H. Hamilton

TENENTES

Tenente Francisco Rebello de Moura
Tenente José Anacleto Cabrita
Tenente Ludovico José da Rosa
Tenente Joaquim Anastácio Lobo
Tenente João de Avillez Juzarte
Tenente Joaquim Carlos Viana
Tenente Manoel de Abreu Madeira
Tenente Joaquim José Pombeiro


ALFERES
Alferes José Roberto Botelho
Alferes José Fortunato de Azevedo
Alferes Theotonio Borges (da Silva).
Alferes João da Silva Fragoso
Alferes Francisco de Paula Cabrita
Alferes José Correia de Freitas
Alferes Manuel Gerardo de Sousa
Alferes Bento José Tavares
Alferes José Maria da Nóbrega
Alferes Francisco Correia da Silva
Alferes António Silvestre [de Sousa]
Alferes Henrique Luiz da Fonseca
Alferes João Arsénio Biquer
Alferes Arsénio Pompeo Correia
Alferes Francisco José Furtado
Alferes José Joaquim Furtado
Alferes Fernando António Machado

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Correcção ao post anterior.

De acordo com o Decreto 566/71 de 20.12, a precedencia é a contante da imagem, podendo o decreto ser visto aqui AQUI.


O Regulamento das Ordens Honoríficas Portuguesas foi aprovado pelo Decreto Regulamentar nº 7l-A/86, de 15 de Dezembro que pode ser visto aqui.

A precedência das Ordens é a seguinte:
As insígnias das Ordens Honoríficas portuguesas e de outras condecorações nacionais, cujo uso é autorizado, precedem sempre as estrangeiras.

Artigo 22
1 - As insígnias das condecorações nacionais precedem sempre as estrangeiras e as das ordens honoríficas portuguesas são colocadas, da direita para a esquerda, no lado esquerdo do peito, pela seguinte ordem de precedência: Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, Cristo, Avis, Sant'Iago da Espada, Infante D. Henrique, Liberdade, Mérito, Instrução Pública e Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.
2 - Quando as insígnias das condecorações não se contenham numa só linha, a ordem de precedência começará pela linha superior.

As insígnias de ordens ou condecorações estrangeiras, devidamente autorizadas, seguem-se às insígnias das Ordens e de outras condecorações portuguesas e são colocadas por ordem alfabética dos respectivos Estados.


Sobre o uso das insignias, estabelece o


Artigo 19º
Os condecorados com mais de um grau de qualquer das ordens usarão só a insígnia correspondente a um dos graus, com excepção do disposto no artigo 29º para os condecorados com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito ou quando as condecorações hajam sido concedidas com palma.


Artigo 21º
1 - Não é permitido o uso simultâneo de duas ou mais bandas.
2 - Também só poderá ser usada uma insígnia pendente do pescoço, qualquer que seja o grau a que corresponda.


Artigo 24º
Nos uniformes em que é permitido o uso de fitas serão elas aplicadas, sem fivelas, numa ou mais placas metálicas colocadas horizontalmente, sem intervalo, sobrepondo-se às fitas as rosetas definidas no nº 1 do artigo 23º para o respectivo grau.
[Ou seja os
-cavaleiros, as damas e os detentores de medalhas, uma fita com as cores da ordem;
-os oficiais, uma roseta de 8 mm de diâmetro,com as mesmas cores;
-os comendadores, grandes-oficiais e grãcruzes,uma roseta igual com galão de prata para os comendadores, de ouro e prata para os grandes-oficiais e de ouro para os grã-cruzes;
os grandes-colares, uma roseta de l2 mm de
diâmetro, com as cores da ordem, filetada interiormente de ouro.



Artigo 38º
1 - O distintivo da Ordem Militar de Avis é uma cruz florida, de esmalte verde, perfilada de ouro, e a fita verde.
2 - As insígnias dos diversos graus desta Ordem são:
a) Para cavaleiro, a cruz singela, com 38 mm X 28 mm, suspensa de fita, de 30 mm, com fivela dourada;
b) Para oficial: a m esma insígnia, tendo sobre a fivela uma roseta da cor da fita com 10 mm de diâmetro;
c) Para comendador: o distintivo da Ordem, com 50 mm X 40 mm, suspenso de fita pendente do pescoço, e placa de prata em raios abrilhantados, com 85 mm de diâmetro, tendo ao centro um círculo de esmalte branco carregado da cruz da Ordem, filetado de ouro e circundado de um festão de louro de ouro;
d) Para grande-oficial: insígnias iguais às de comendador, com placa dourada;
e) Para grã-cruz: banda de seda da cor da Ordem, posta a tiracolo da direita para a esquerda, tendo pendente sobre o laço o distintivo com as dimensões indicadas para comendador e placa igual à de grande -oficial.


Artigo 39º
Nos actos solenes, os cavaleiros e oficiais da Ordem Militar de Avis poderão usar pendente do pescoço, por uma fita da cor da Ordem, o respectivo distintivo com as dimensões indicados para comendador .

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Medalhas e ordens mal colocadas.

Uso indevido das Ordens, com a sua repetição ou má colocação.

Por motivos óbvios, as imagens foram truncadas para não se distinguir os detentores.

De acordo com a actualização legislativa do Regulamento da Medalha Militar - Decreto-lei n.º 316/2002, de 27 de Dezembro de 2002, a ordem de precedência das condecorações individuais (usadas no lado esquerdo do peito) é a seguinte:
Artigo 65º Precedência das insígnias

As insígnias das condecorações individuais de que trata o presente Regulamento são usadas no lado esquerdo do peito, de acordo com a seguinte ordem de precedência, em relação a outras condecorações nacionais e estrangeiras:

1.a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito;
2.a Medalha de valor militar;
3.a Medalha da cruz de guerra;
4.a Ordem Militar de Cristo;
5.a Ordem Militar de Avis;
6.a Medalha de serviços distintos;
7.a Medalha de mérito militar;
8.a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada;
9.a Ordem do Infante D. Henrique;
10.a Ordem da Liberdade;
11.a As medalhas privativas, pela seguinte ordem: medalha da Defesa Nacional, medalha da cruz de São Jorge, medalha da cruz naval, medalha de D. Afonso Henriques — Patrono do Exército e medalha de mérito aeronáutico;
12.a Medalha de comportamento exemplar;
13.a Medalha dos promovidos por feitos distintos em campanha;
14.a Medalha dos feridos em campanha;
15.a Medalha de reconhecimento;
16.a Medalha comemorativa das campanhas;
17.a Medalha comemorativa de comissões de serviço especiais;
18.a Outras condecorações nacionais, sendo a respectiva precedência determinada pela ordem cronológica da sua instituição;
19.a Condecorações estrangeiras, sendo a respectiva precedência determinada pela ordem alfabética dos nomes das respectivas nações ou organizações em língua portuguesa.
Cfr aqui.
Vejamos os exemplos














Medalhas court-mounted ( Montadas à Côrte).

C.B., D.S.O., O.B.E. Group of Twelve to Rear-Admiral W.J. Munn, Royal Navy, Commanding Destroyer H.M.S. Hereward at the Battle of Cape Matapan and During the Evacuation of Greece and Crete 1941, a Veteran of the Norwegian and Calabrian Operations, a Prisoner of War, and Commanding H.M.S. Kenya during the Bombardment of Inchon 1950, Korean War
A Post Second War A.F.C. Group of Seven to Flight Lieutenant M. St. Pierre, Royal Air Force


An Unusual Group of Nine to Major T.D. Vassar, Royal Army Ordnance Corps, Late Bandsman Coldstream Guards, 4th Hussars and Seconded Malaysian Ordnance Corps

G.C.B., K.B.E., D.S.O. and Three Bars, D.F.C., A.F.C. Group of Eighteen to Air Chief Marshal Sir B.E. Embry, Royal Air Force, Blenheim and Later Mosquito Pilot, Who Was Shot Down Over Occupied France in 1940, Famously Evading Capture For Two Months Before Returning to Active Duty Including The Specialist Precision Bombing Operations on The Gestapo Headquarters in Aarhus, Copenhagen, and Odense, Whilst Holding the Rank of Acting Air Vice-Marshal; Later Commander-in-Chief Fighter Command, 1949-53



Duque de Edimburgo com as suas medalhas montadas à Corte.

As imagens dos conjunto de medalhas foi retirado da Leiloeira Spink.



Uso das Ordens e Medalhas.

Aproveito o excelente comentário do post anterior, de Rui Santos Vargas, o qual agradeço não so o comentário como a visita, para criar este .

Eu, esteticamente prefiro o uso das medalhas ao estilo court-mounted.
Também considero correcto o sistema de barras inglês, para não se repetir medalhas, mas eu sou suspeito, porque penso que os Ingleses , e alguns países com influências inglesas, caso da Índia e Paquistão, tornam as medalhas esteticamente bonitas e tornam-nas no que verdadeiramente são. Uma distinção.

Os oficiais britânicos começam as biografias com as medalhas e ordens que têm. As ordens e as medalhas de valor e distinção são mesmo colocadas a seguir ao nome. VC,DFC, DSO, KCB, OBE, etc


Em Portugal, preferem por trabalhos de casa, estudos e cursos. As distinções são relegadas para a fotografia em que se privilegia a quantidade.

Nos países Anglo-saxónicos, e outros, as medalhas de valor militar , estão à frente das Ordens e distinções. Por exemplo a Victoria Cross está à frente da famosa Ordem da Jarreteira. A medalha do Congresso à frente de qualquer outra Ordem.

Em Portugal a primazia está numa Ordem, a qual tem vindo, há muitas dezenas de anos , a ser atribuída para o valor militar, quando o valor militar tem a sua própria medalha.

Esta é a minha opinião.

Para ilustrar exemplos , colocarei dois posts : um com o titulo medalhas court-mounted e outro com o titulo medalhas e ordens mal colocadas.

The Royal Chef R.H. Aubrey


Hoje coloco o enorme grupo de medalhas que pertenceu ao Royal Chef R.H. Aubrey, do Palácio de Buckingham. Trata-se um de um chefe de cozinha. Podemos verificar que este Chefe foi agraciado com duas medalhas portuguesas referentes a visitas oficiais .

No Reino Unido as medalhas e ordens premeiam qualquer pessoa de mérito. Portugal, é forreta na distribuição de medalhas e ordens , e parece que a escolha é bastante elitista.
Poderíamos dizer que Portugal seria uma monarquia e o Reino Unido uma Republica, mas não é assim.

Por exemplo. Quantas pessoas conhecemos com a Ordem da Instrução Pública?
Serão assim tão raros os altos serviços prestados na Educação e no Ensino pelos professores e auxiliares das escolas e universidades portuguesas? Ou, como o nome do filme, as ordens e medalhas são para"os suspeitos do costume” ?
Sendo as Ordens uma carreira, não é estranho haver agraciados que atingem o grau imediato de Grão-Cruz sem nunca terem progredido na Ordem, saltando os graus de Cavaleiros e Comendadores? Serão todos merecedores desta rápida promoção?
Porque é que há oficiais generais com os vários graus da mesma Ordem postos, quando só se deve por o grau mais alto? Vaidade? Ignorância? Anarquia?
Portugal, em termos de medalhas e ordens, não só é forreta na distribuição, como são atribuídas e usadas sem qualquer regra, numa perfeita anarquia.


Voltando ao agraciado.
Aqui fica a referencia ao grupo e detalhes biográficos do mesmo.

A Highly Unusual and Rare Group of Thirty Six Orders, Decorations and Medals to The Royal Chef R.H. Aubrey, Buckingham Palace
a) Royal Victorian Order, Member's (M.V.O.) breast Badge, silver, gold and enamel, reverse numbered '723'
b) Royal Victorian Medal, E.II.R, silver
c) Coronation 1953
d) Jubilee 1977
e) Royal Household Faithful Service Medal, E.II.R., dated suspension 1937-57, with Thirty Years Bar (Ronald H. Aubrey), mounted court style as originally worn
f) Austria, Decoration of Honour, 'Gold' Class, 40mm., metal gilt
g) Belgium Household Medal, King Badouin, 'Gold' Class, 50mm. x 30mm., metal gilt
h) Brazil, Order of Rio Branco, 2nd Class breast Badge, 30mm., white metal
i) Chile, O'Higgins Medal, 1st Class, 44mm., metal gilt
j) Denmark, Medal of Recompense, Frederik IX, 'Gold' Class, 28mm., metal gilt
k) Denmark, Medal of Recompense, Frederik IX, 'Silver' Class, with Crown, 35mm. x 28mm., silver
l) Ethiopia, Haile Selassie I Service Medal, 'Gold' Class, 40mm., metal-gilt
m) Finland, Medal of the Order of the White Rose, 'Gold' Class, 30mm., silver-gilt (Hallmarks for Helsinki 1968, stamped on edge)
n) France, Medal of Honour, 26mm., silver
o) Federal Republic of Germany, Medal of Merit, 36mm., metal gilt
p) Greece, Commemorative Cross of the Royal Order of George I, 2nd issue, 'Gold' Class, dated reverse, 45mm. x 28mm., metal-gilt
q) Republic of Italy, President's Visit Medal, 'Gold' Class, 30mm., silver-gilt (Hallmarks for Milan)
r) Republic of Italy, President's Visit Medal, 30mm., silver
s) Iran, Medal of the Order of the Lion and Sun, 30mm., silver
t) Iraq, Medal of the Order of Al Rafidan, 40mm., silver (fineness mark on reverse of suspension)
u) Japan, Order of the Rising Sun, breast Badge, 5th Class, 43mm., silver, gilt and enamel, with red cabouchons
v) Jordan, Order of the Star, breast Badge, 5th Class, silver, silver-gilt and enamel (Hallmarks for Birmingham 1952)
w) Liberia, Medal of Honour, 'Gold' Class, 30mm., metal-gilt
x) Malaysia, Order of the Defence of the Realm, breast Badge, 5th Class, 52mm., silver-gilt and enamel
y) Mexico, Order of the Aztec Eagle, breast Badge, 4th Class, with rosette on riband, 54mm. x 46mm., metal-gilt and enamel, with associated miniature award
z) Netherlands, Order of the Crown, breast Badge, 5th Class, 52mm. x 38mm., silver-gilt and enamel
aa) Netherlands, Medal of the Order of the House of Orange, 'Gold' Class, 31mm., metal-gilt
bb) Netherlands, Medal of the Order of the House of Orange, 31mm., silver
cc) Norway, Household Medal, Haakon VII, 31mm. x 25mm., gold
dd) Portugal, Medal for the Presidents Visit 1955, 'Gold' Class, 30mm., gilt-metal
ee) Portugal, Medal for the Queen's visit 1957, 30mm., silver

ff) Sudan, Medal of Duty, 1st Class, 35mm., metal-gilt
gg) Sweden, Household Medal, Gustaf VI, 5th Class, 34mm. x 23mm., silver-gilt
hh) Sweden, Household Medal, Gustaf VI, 8th Class, 44mm. x 30mm., silver
ii) Thailand, Order of the White Elephant, breast Badge, 5th Class, 57mm. x 31mm., silver-gilt and enamel
jj) Thailand, Medal of the Order of the Crown of Thailand, 'Gold' Class, 34mm., metal gilt
kk) Cordon Culinaire Medal, 50mm. x 37mm., silver-gilt and enamel (Hallmarks for Birmingham 1963), reverse engraved 'R.H. Aubrey 20.7.65', good very fine or better, with original permission to wear letters and/or certificates for all foreign awards, foreign awards all contained in original cases of issue (36)
Estimate £ 3,000-3,500

M.V.O. London Gazette 1.1.1968

Royal Victorian Medal London Gazette 1.1.1968

Ronald Aubrey, born 1914; entered Royal Service as an Assistant Cook, 27.4.1937; Second Cook 1.10.1937; served with the Royal Air Force 9.9.1940 - 11.6.1941; Head Cook 1.5.1947; Royal Chef 14.10.1968; retired 1974; Ronald Aubrey died 1993.

Este conjunto foi vendido pela leiloeira SPINK

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Alexander Gault MacGowan


Grupo de medalhas e ordens que pertenceram ao correspondente de guerra ( jornalista) Alexander Gault MacGowan.

Foi na Guerra dos Boers que se estabeleceu o direito aos correspondentes de guerra de receberem medalhas iguais à dos militares envolvidos na campanha. Nesta guerra foram atribuidas cerca de 150 aos jornalistas.

(Esta era a medalha da campanha respectiva, retirada do Blog "British Army Medals" .

Q.S.A.
Voltando ao nosso grupo de medalhas e ordens.
Claramente se pode ver a Ordem de Cristo ( segunda a contar da esquerda no conjunto de baixo). O conjunto foi vendido em 1986 por £4300 pela DNW.

Resumo retirado da página web da Dix Noonan Webb.

Description
An unusual and interesting group of nineteen awarded to Alexander Gault MacGowan, an accredited War Correspondent in the 1939-45 War, whose extraordinary career commenced with service as a subaltern in the Manchester Regiment and as an R.A.F. Observer in the Great War: having been wounded in North Africa in 1943, he was captured by the Germans in France in 1944, but escaped ‘through a series of adventures that would make a Hollywood scenarist bite his nails with envy’ - and briefly fought alongside the Maquis

1914-15 Star (2 Lieut., Manch. R.); British War and Victory Medals (Lieut., R.A.F.); 1939-45 Star; Africa Star; Italy Star; France and Germany Star; War Medal 1939-45; French Legion of Honour, Chevalier’s breast badge, silver, silver-gilt and enamel; French Croix de Guerre 1939-1940, with bronze star riband fitment; French Palms Academic, Officer’s breast badge, gilt metal and enamel, with rosette on riband; French War Commemorative Medal 1914-18; French Somme Commemorative Medal; French Colonial Medal, 2 clasps, Algerie, Maroc; French War Commemorative Medal 1939-45, 1 clasp, Liberation; Medal of Liberated France 1947; Moroccan Order of Ouissam Alaouite Cherifien, Officer’s breast badge, gilt metal and enamel, with rosette on riband; Portuguese Military Order of Christ, Officer’s breast badge, silver-gilt and enamels, with rosette on riband; U.S.A. Purple Heart, gilt metal and enamel, the Legion of Honour severely chipped in places and the Portuguese piece less so, otherwise generally good very fine (19) £1000-1200

Alexander Gault MacGowan, who ‘crammed more dangerous adventures into his lifetime than most men would care to experience’, was born February 1894 and was educated at Manchester Grammar School. Mobilised as a pre-war member of the Cheshire Yeomanry on the outbreak of hostilities in August 1914, he was commissioned into the 24th (Oldham) Battalion, Manchester Regiment in October 1915 and is believed to have been wounded by rifle-grenade fragments in the head and legs on the Somme in July 1916. Declared as ‘unfit for anything other than mounted duty’, he transferred to the Royal Air Force and went on to serve as an Observer on the Italian front in 1918.

Commencing his career as a journalist in 1922, when he worked as a correspondent for the Associated Press out in India (where MacGowan also held a commission on the Indian Army Reserve of Officers), he moved to a new appointment in Mesopotamia in the following year. Indeed for much of the 1920s and 1930s he travelled extensively, working variously for the Times and Daily Express, and others newspapers, and was credited with discovering a new pass into Little Tibet, for which he received the thanks of the Survey of India, in addition to participating in the first flight over the Orinoco Delta and the Venezuelan Ilanos, between Trinidad and Maracay, and the first flight between Trinidad and British Guiana.

Added to which he had further adventures during an epic motor car trip across the desert from Kurdistan and Mosul to Syria, the first of its kind. He later reported, ‘Hold ups were frequent, and an officer who tried it after me was stripped of everything and had to walk naked into the Lebanons!”

In 1934 MacGowan joined the New York Sun, for whom he reported on the Spanish Civil War and produced two controversial features entitled “The Scarlet Pimpernel of Spain” and “The Red Vultures of the Pyrenees”, for he had no time for the Spanish loyalists and their left-wing sympathisers. He also had an assignment with the French Foreign Legion out in Algeria and Morocco in 1937, in addition to covering the coronation of George VI in the same year. In fact, MacGowan was still working in London on the renewal of hostilities, and accordingly he was assigned to cover the events of the Battle of Britain, in addition to acting as ‘Press Observer with the Commandos in the raid on Dieppe’.

As an accredited War Correspondent with the American forces, he next travelled to North Africa and was with the French when they attacked Jabel Mansour in April 1943, when he was ‘wounded in the leg ... and was awarded the Purple Heart by special order of President Roosevelt. For the same incident he was cited for bravery and awarded the Croix de Guerre by General Henri Giraud.’ Both awards were announced in the New York Times. In the following year he reported on the Allied landings in Normandy and was attached to General Omar Bradley’s forces, riding in the jeep of the first American to reach the historic island of Mont Saint Michel. But, as subsequently confirmed by German radio, such scoops were shortly thereafter curtailed, for he was captured at Chatres on 15 August 1944:

‘MacGowan’s experience, following his capture, was unusual. Upon arrival at Chalons-sur-Marne with Makin [another correspondent who had been mortally wounded when their jeep was originally fired upon by two German armoured cars], he was placed in the temporary custody of a group of German war correspondents of the Presse-kompanie. They treated him well, but eventually delivered him to a prisoner of war camp on the line of the German retreat. From there he was started on a journey eastward aboard a train, en route to Germany. At 2 a.m., after six hours in the slow-moving train, and as the guards drowsed, MacGowan opened the compartment door and jumped from the car, fell and ran, with bullets flying about him. Still in France, he was fortunate in reaching a group of Maquis, or French resistance forces. Once he had established his identity, they hid him until the U.S. forces had advanced to the area in September. Interviewed for the World’s Press News after his return to England, the publication described British-born MacGowan as the only “British correspondent” ever known to have escaped after capture, with the exception of Winston Churchill in his escape from the Boers during the South African War in 1899’ (Europe Made Free: Invasion 1944 refers).

Having ‘lived a life like Robin Hood’s’ with the Maquis, and accompanied them with the advancing Americans at the capture of a local town, MacGowan duly reported to the bar of the Paris hotel that served as a press H.Q. - the rest of his colleagues almost dropped their glasses, ‘for the usually immaculate MacGowan was dressed in borrowed French civilian clothes that fitted him like Europe fits Hitler - too big in some places, too tight in others’. In October he returned to the Sun’s offices in New York, for the first time in five years, where he was hailed as a conquering hero, ‘trim and fit in his war correspondent’s uniform, with a chest full of campaign ribbons and decorations from two World Wars.’ Returning to N.W.E. in the Spring of 1945, MacGowan accompanied General Patton’s forces and visited the scene of Hitler’s “Eagle’s Nest” at Berchtesgaden at the War’s end. He subsequently reported on the “Big Three” Potsdam conference.

MacGowan - a ‘tall, dark-haired man, with a “devil-may-care” look in his eyes” ’ - was European Manager of the New York Sun 1946-50, during which period he reported on U.N.O. and N.A.T.O. forces, and latterly editor and publisher of European Life.

In so far as his foreign Honours and Awards are concerned, it would be impossible to ascertain the validity of his entitlement to the French War Comemmorative Medal 1914-18 and Colonial Medal, although given his Great War services were purely with the British, the former seems unlikely. However, relevant editions of Who’s Who do verify the following:

‘Officier de l’Instruction Publique, 1930 [a.k.a. Palms Academic]; Officer of Military Order of Christ, Portugal, 1933; Chevalier de la Legion d’Honneur, 1934; Officer of the Order of Ouissam Alaouite, Morocco, 1938; Croix de Guerre, 1943; Medaille de la France Liberee, 1949’, together with mention of his Purple Heart.

Sold with an extensive file of research, including correspondence with MacGowan regarding his career and his original French Somme Commemorative Medal certificate, dated 29 August 1979.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Rear-Admiral Hector Boyes, Royal Navy




Conjunto pertencente ao Almirante Hector Boyes da Royal Navy. Este oficial foi agraciado com a Ordem de Avis, como se pode ver do conjunto das Ordens e medalhas do mesmo.



Descrição conforme consta da leiloeira Dix Noonan Webb

A C.M.G., C.I.E. group of ten awarded to Rear-Admiral Hector Boyes, Royal Navy

The Order of St. Michael and St. George, C.M.G., neck badge, silver-gilt and enamels; The Order of the Indian Empire, C.I.E., 3rd type neck badge, gold and enamels; China 1900, 1 clasp, Relief of Pekin (Midsn., R.N. H.M.S. Centurion); 1914-15 Star (Lt. Commr., R.N.); British War and Victory Medals, with small M.I.D. oak leaf (Commr., R.N.); Italy, Order of the Crown, Officer’s breast badge, gold and enamels; Portugal, Order of Aviz, 2nd class neck badge and breast star by Da Costa, silver, silver-gilt and enamels; Norway, Order of St Olaf, 3rd class neck badge by Spink & Son, silver-gilt and enamels; War Medal, King Haakon VII, bronze; together with Borough of Portsmouth Tribute Medal, ‘Naval Brigade North China 1900’, silver and enamels, hallmarked 1901, in its case of issue, the China medal with an edge bruise and light contact marks, otherwise good very fine or better (12) £1600-1800
Footnote
Hector Boyes was born in 1881, son of Admiral Sir George Boyes. He served as Midshipman of Centurion with the International Expedition under command of Sir Edward H. Seymour for the relief of the Pekin Legations, 10th-26th June 1900, and in subsequent operations at Tientsin. He was mentioned in despatches London Gazette September 1900, received the China medal with clasp, and was specially promoted to Lieutenant. He qualified as a French Interpreter in 1905 and was awarded the Order of the Crown of Italy in 1911. Boyes served during the Great War and was in command of the gunboat Thistle from August 1915, and still shown in that ship in 1918 (C.M.G., despatches seven times, 2nd class Order of Aviz of Portugal). He was lent to the Australian Government as Captain of Flinders Naval Depot, 1924-26; Senior Naval Officer in the Persian Gulf, 1927-30; Captain-in-Charge Simonstown, 1931-33; Chief of Staff and Manitenance Captain to C-in-C The Nore, 1933-34; Rear-Admiral and retired list, 1934; Naval Attaché: Oslo and Stockholm, 1939-40; Tokyo, 1941-42; Venezuela, Colombia, Ecuador, San Domingo, Haiti, 1942-46. Rear-Admiral Boyes died on 23 October 1960.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Grupo de miniaturas de medalhas inglesas, nas quais se verifica que o seu detentor recebeu a Ordem de Cristo. Trata-se de um conjunto de alguem que serviu na 1ª guerra mundial.

Da equerda para a direita : Royal Red Cross de 2 Classe; 1914/15 Star, British War Medal , Medalha da Vitoria com folha de carvalho por ter recebido um louvor em Ordem Geral; Territorial Force Nursing Service Medal " e Ordem de Cristo.

Medalha da Rainha D. Amélia - NAMARRAES 1896