quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quando o museu do bussaco foi invadido por oficiais do Marechal Massena.

General Andoche Junot, Duque de Abrantes.

Texto do Museu do Buçaco


Fui visitar o Museu do Buçaco, com uns amigos, no dia 25 de Setembro, por alturas da comemoração do bicentenário da batalha do mesmo nome.
Trata-se de uma data importante para a independência de Portugal e para a nossa história.
Foi a maior batalha terrestre em território nacional, e marcou o início do fim das Invasões.
Fiquei espantado com o texto, de autor anónimo, na entrada do Museu .
Um texto, tendencioso, que parecia ter sido escrito por um daqueles oficiais portugueses que orgulhosamente serviram no exército invasor, ou seja, que serviram Napoleão e a França, quer no Exército de Massena, quer na Legião Portuguesa.

Os verdadeiros liberais, combatiam no Exerecito Anglo-Português e formariam o exército liberal de D.Pedro.

Ficou-me a sensação que, num museu que comemorava uma batalha de libertação de um povo, quem se atreveu a escrever, foi um oficial do exército invasor, e derrotado nessa mesma batalha.
Vejamos o texto:
Temos uma inocente “Jovem Republica Francesa” e do outro lado, as terríveis "Monarquias Tradicionalistas". Assim se descreve a època. O resto é paisagem. Assim se criam os mitos.


Marechal Soult, Duque da Dalmácia.


Ora, Portugal foi invadido. Foi o agredido. Fora invadido em 1801 e novamente em 1807, quando era um País Neutral. E não foi, na época invadido por uma Jovem Republica Francesa, mas por um Império, com um Imperador, e uma classe dirigente formada de Príncipes, Duques, Condes e Barões , que faziam fortuna saqueando com as suas tropas a Europa, e faziam Reis fantoches por onde passavam. [1]

Era um Império Absoluto e dissoluto, uma "Jovem Monarquia" com aspiração a grandeza e a tradição, sobrando-lhe apenas pompa e circunstancia. Um Imperio que se permitia matar em batalha milhares dos seus para glória do seu chefe.

As igualdades e liberdades tinham caído no patíbulo da guilhotina há muito. Só sobrava o terror e a brutalidade. Esse Império mandou os seus príncipes, duques, condes, barões ou apenas cidadãos do Império, invadir um Pais neutral que não lhe tinha causado ofensa. E não se fale no Russilhão, pois essa fase terminara há muito tempo.


Desastres da Guerra, de Goya.


Mesmo assim invadiram, e que fez o Povo invadido? Nada, tal como fora ordenado pelo Rei, recebeu-os como amigos. Esses amigos, os tais Príncipes, Duques, Condes e Barões do Império, acompanhado por vezes uma certa elite militar portuguesa, traidora, narcisista e elitista , [2]entretiveram-se a destruir povoações e cidades, matar gente indiscriminadamente, roubar bens do estado e das pessoas para seu enriquecimento pessoal, usando o Reino de Portugal como coutada de caça.
O que a tal pseudo-“Jovem Republica Francesa” fez à Nação Portuguesa , não tem explicação e roça o genocídio.

A “Jovem Republica Francesa” não nos trouxe nem igualdade, nem fraternidade, nem liberdade. Apenas saque, morte e opressão. A revolta do povo português e a sua valentia, sem, demonstraram à “Jovem Republica Francesa” ou antes o Império da Opressão.

Ficou o aviso:

Que todas as nações saibam, quer nos desejem bem ou mal, que pagaremos qualquer preço, suportaremos qualquer fardo, conheceremos qualquer sofrimento, apoiaremos qualquer amigo, enfrentaremos qualquer inimigo, para assegurar a nossa sobrevivência, a nossa liberdade e a nossa independência.”

Adaptado do discurso de John F. Kennedy Inaugural Address Washington, D.C. January 20, 1961 [3]

A “Jovem Republica Francesa” ou Império pagou caro o atrevimento.

Nós também, mas Portugal venceu a Batalha do Bussaco, venceu a Guerra, e é independente, por muitos discursos ideológicos que ponham nos museus portugueses ou nas cerimónias.

Portugal é Livre!

[1] Foram criados por Napoleão cerca de 2200 títulos
Príncipes y Duques:
* Príncipes soberanos (3)
* Duques grã chefes (20)
* Príncipes de Victoria (4)
* Duques de Victoria (10)
* Outros duques (3)
Condes (388)
Barões (1090)
Cavaleiros (1600)

[2]É preciso não esquecer que Alorna e Gomes Freire, eram do partido aristocrático, ou seja contra que as reformas militares que permitissem que alguém que não fosse nobre em especial, titulado, ascendesse ao comando do Exercito Real, em especial oficiais generais. Alorna e Gomes Freire não eram homens da igualdade e fraternidade.Eram homens do Absolutismo.
Cfr entre outros Manuel Amaral, in “A Luta Política em Portugal nos finais do antigo regime. Vol, Tribuna da Historia.

[3]Let every nation know, whether it wishes us well or ill, that we shall pay any price, bear any burden, meet any hardship, support any friend, oppose any foe to assure the survival and the success of liberty.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ELEIÇÕES PARLAMENTARES DO AFEGANISTÃO

ELEIÇÕES PARLAMENTARES DO AFEGANISTÃO


A OMLT.D 01/03, no âmbito da sua actividade de Assessoria à KABUL CAPITAL DIVISION (KCD) do Exército Afegão assessorou o planeamento e a conduta da Operação de Segurança das Eleições Parlamentares do Afeganistão que se realizaram no dia 18SET10.

Como preparação para a segurança deste evento a KCD, apoiada, no planeamento, pelos assessores da OMLT.D 01/03, realizou uma operação combinada no distrito de MUSAHI (província de KABUL), em 15SET10, envolvendo a AFGHAN NATIONAL POLICE (ANP), a NATIONAL DIRECTORATE SECURITY (NDS – Serviços Secretos do Afeganistão) e forças da INTERNATIONAL SECURITY ASSISTANCE FORCE (ISAF) com meios aéreos (operação aerotransportada e reconhecimento).

Como resultado final desta Operação, pôde constatar-se que todas as mesas de voto da Área de Responsabilidade da KCD garantiram a realização do sufrágio, não se verificando incidentes relevantes, durante todo o evento.

Dada a relevância do acto para a comunidade internacional, em especial para os membros da conferência de doadores, o Comandante da ISAF (COM ISAF), General DAVID PETRAEUS, visitou o Posto de Comando da KCD, no dia das eleições, onde lhe foi apresentado um brifingue, sobre as operações em curso, pelos elementos do Estado-Maior da Divisão. O COM ISAF louvou o trabalho desenvolvido e congratulou de forma emotiva o apoio das Forças Armadas Portuguesas, no âmbito da sua missão de assessoria, reconhecendo publicamente o seu agrado, manifestando-o através do desejo de se enquadrar numa fotografia de grupo com a OMLT.D 01/03.

Comemorações e conferencias




Bicentenário no Bussaco.


Bicentenário no Bussaco.


Palestra


domingo, 12 de setembro de 2010

Moeda comemorativa




A Ilha de Palau no Pacifico emitiu uma moeda de 5 dolares, comemorativa do bicentenario da batalha do Bussaco.


Pena que, Bussaco fique em Portugal e não haja uma edição comemorativa do bicentenario da Guerra Peninsular.


Saiu uma coleção de selos, mas curta.

Bicentenário do Bussaco




Programação


Exposição Comemorativa dos 200 anos da Batalha do Bussaco
Data: 12 Junho a 04 Julho 2010
Local: Sala de Exposições do Cine-Teatro Municipal Messias
Horários: 5.ª a 2.ª feira das 15h00 às 18h00; 20h00 às 23h00

» Fotos Exposição » Catálogo da Exposição
Concerto pela Banda Sinfónica do Exército
Data: 26 Junho 2010, 21h30
Local: Jardins do Palace Hotel do Bussaco

» Fotos Concerto » Folha de Sala
Exposição - A Guerra Peninsular na Literatura
Data: 30 Julho a 31 Agosto 2010
Local: Casino do Luso
Conferência sobre o tema da exposição, por José Valle de Figueiredo às 21h00 no Casino do Luso

» Fotos Exposição » Folha de Sala
Quarteto de Cordas da Orquestra Clássica do Centro
Data: 30 de Julho, 21h00
Local: Casino do Luso

» Fotos Concerto » Folha de Sala
Exposição de Fotografia O(s) Rosto(s) da Batalha
Data: 11 Setembro a 23 Setembro 2010
Local: Convento de Santa Cruz do Bussaco
Data: 25 Setembro a 31 Outubro 2010
Local: Casino do Luso
Fotografias Coronel Ribeiro de Faria

Apresentação do Álbum de Banda Desenhada
“A Batalha do Bussaco” - A Derrota Fatal dos Marechais de Napoleão Bonaparte
Data: 11 Setembro 2010, 16h00
Local: Convento de Santa Cruz do Bussaco
Autor: José Pires
Edição: Câmara Municipal de Mealhada

Recriação Histórica da Batalha do Bussaco
Data: 25 e 26 Setembro 2010
Local: Serra do Bussaco / Portas de Sula
Colaboração: Associação Napoleónica Portuguesa e Associações Napoleónicas de outros Países
25 de Setembro
15h00 – Desfile pela Avenida Principal do Luso
18h00 – Escaramuça junto ao monumento da Batalha
26 de Setembro
11h00 Reconstituição da Batalha do Bussaco junto às portas de Sula

Concerto Orquestra Ligeira do Exército
Data: 25 Setembro 2010, 21h30
Local: Alameda do Casino - Luso


Exposição Cartográfica
"As Linhas de Defesa de Lisboa durante a Guerra Peninsular
O Terreno e o Engenho pararam a invasão de Massena"
Data: 25 Setembro a 27 Setembro 2010
Local: Convento de Santa Cruz do Bussaco
Data: 01 Outubro a 31 Outubro 2010
Local: Sala de Exposições do Cine-Teatro Municipal Messias
Organização: Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar
da Direcção de Infra-Estruturas do Exército

Cerimónias Militares e Protocolares do Exército Português
Data: 27 Setembro 2010, 10h30
Local: Junto ao Monumento Evocativo na Serra do Bussaco


Missa Campal
Data: 27 Setembro 2010, 09h00
Local: Jardim do Palace Hotel do Bussaco

Selos e Carimbo comemorativos dos 200 Anos da Batalha do Bussaco
Data: 27 Setembro 2010, 16h00 às 18h00
Local: Convento de Santa Cruz do Bussaco

Congresso Internacional sobre A Batalha do Bussaco
Data: 29, 30 e 31 Outubro 2010
Local: Cine-Teatro Municipal Messias
Organização: Academia Portuguesa da História e Câmara Municipal da Mealhada

Ensemble da Banda Sinfónica do Exército
Data: 29 Outubro 2010, 21h30
Local: Cine-Teatro Municipal Messias

Concerto: Vox Angelis
Lamento em Memória das Vítimas da Batalha do Bussaco
Data: 30 Outubro 2010, 21h30
Local: Convento de Santa Cruz do Bussaco

Visita Guiada dos Congressistas ao Bussaco
Data: 31 Outubro 2010
Local: Bussaco

Exposição de Fotografia "Os Fardamentos do Período da Guerra Peninsular" - Aguarelas do General Ribeiro Arthur
Data: Novembro 2010
Local: Cine-Teatro Municipal Messias
Fotografias Coronel Ribeiro de Faria