ORDEM GERAL
“Havendo se dignado Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal de confiar ao Marechal Beresford o Comando-em-Chefe dos seus Exércitos, julga ele do seu dever, ao entrar no dito Comando, dirigir se e patentear a todos os seus companheiros de Armas os seus sentimentos nesta ocasião.
O Marechal Comandante-em-Chefe mediante o Emprego, que ocupava no Exército enviado por Sua Majestade Britânica, para auxiliar nos admiráveis e prodigiosos esforços, que os Portugueses fizeram para restaurar a sua Liberdade, e Independência, tão injustamente atacadas, teve ocasião de estudar, e conhecer a fundo a índole e carácter Militar desta Nação; e bem que esteja persuadido de haver-lhe dado a mais clara prova da vantajosa ideia, que dela forma, na aceitação que acaba de fazer do referido Comando, deseja todavia, e espera mostrar lhe do modo mais decisivo, que a nenhum outro Oficial poderia ser confiado o Comando-em-Chefe do Exército Português, que estivesse tão intimamente convencido das disposições, e talentos Militares inerentes aos Portugueses, aos quais qualquer ensino, e uniformidade na sua direcção, bastará para mostrarem que eles são hoje o que sempre foram, senão os melhores, ao menos iguais aos mais valorosos, e intrépidos da Europa; e por isso o Comandante-em-Chefe procurará com a maior aplicação e desvelo dar a estas qualidades aquela eficácia, e energia, que elas costumam adquirir, quando são auxiliadas por uma Disciplina bem regulada.
É universalmente reconhecido que os Portugueses são leais ao seu Soberano, obedientes às Autoridades legítimas, que o representam, e sofredores das privações e incómodos, que os Exércitos as mais das vezes experimentam; o Patriotismo, e Energia, e Entusiasmo, de que acabam de dar as mais evidentes provas; a glória que adquiriram no Roussillon; os derradeiros sucessos nas Fronteiras do Norte, e Nordeste atestam a sua resolução, valor, e intrepidez; qualidades, que os tornam dignos dos seus Antepassados, e tão famosos como eles. Por tanto, Portugueses, ninguém desenvolve melhores disposições para serdes a melhor Tropa; e convencido desta verdade, o Marechal Comandante-em-Chefe se vê com o maior prazer identificado com a Nação Portuguesa: Ele é um Oficial Português, e aos Portugueses confia a sua honra, e a sua reputação, bem seguro de que lhe hão-de ser vantajosamente restituídas. O Marechal Comandante-em-Chefe julga necessário protestar-vos, que ele considerará sempre como um dos seus mais importantes deveres o fazer realçar o merecimento, onde quer que ele aparecer; e que a única recomendação para ele atendível, será o zelo, a inteligência, a actividade, o valor, o patriotismo; qualidades, que encontrarão nele sempre um decidido, e activo Protector. O Marechal e Comandante-em-Chefe chama a atenção de todos os Oficiais Generais, e Subalternos sobre o Estado actual, e melhoramento do Exército; e convencido que o melhor método de introduzir nos Corpos Militares a Disciplina, e exacta observância dos deveres, é o exemplo dos Oficiais, espera que eles não faltarão aos seus Soldados com uma tão importante e necessária Lição. Espera com impaciência o Marechal Comandante a primeira ocasião de visitar, inspeccionar assim os diferentes Corpos, que se acham já em Campanha, como todos os demais do Exército; e aproveitará todas as ocasiões de promover a satisfação, decoro, e vantagem dos Oficiais, e Soldados, que se lhe confiaram Quartel-General.
Lisboa 15 de Março de 1809 = Assinada pelo Senhor Marechal”
“Havendo se dignado Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal de confiar ao Marechal Beresford o Comando-em-Chefe dos seus Exércitos, julga ele do seu dever, ao entrar no dito Comando, dirigir se e patentear a todos os seus companheiros de Armas os seus sentimentos nesta ocasião.
O Marechal Comandante-em-Chefe mediante o Emprego, que ocupava no Exército enviado por Sua Majestade Britânica, para auxiliar nos admiráveis e prodigiosos esforços, que os Portugueses fizeram para restaurar a sua Liberdade, e Independência, tão injustamente atacadas, teve ocasião de estudar, e conhecer a fundo a índole e carácter Militar desta Nação; e bem que esteja persuadido de haver-lhe dado a mais clara prova da vantajosa ideia, que dela forma, na aceitação que acaba de fazer do referido Comando, deseja todavia, e espera mostrar lhe do modo mais decisivo, que a nenhum outro Oficial poderia ser confiado o Comando-em-Chefe do Exército Português, que estivesse tão intimamente convencido das disposições, e talentos Militares inerentes aos Portugueses, aos quais qualquer ensino, e uniformidade na sua direcção, bastará para mostrarem que eles são hoje o que sempre foram, senão os melhores, ao menos iguais aos mais valorosos, e intrépidos da Europa; e por isso o Comandante-em-Chefe procurará com a maior aplicação e desvelo dar a estas qualidades aquela eficácia, e energia, que elas costumam adquirir, quando são auxiliadas por uma Disciplina bem regulada.
É universalmente reconhecido que os Portugueses são leais ao seu Soberano, obedientes às Autoridades legítimas, que o representam, e sofredores das privações e incómodos, que os Exércitos as mais das vezes experimentam; o Patriotismo, e Energia, e Entusiasmo, de que acabam de dar as mais evidentes provas; a glória que adquiriram no Roussillon; os derradeiros sucessos nas Fronteiras do Norte, e Nordeste atestam a sua resolução, valor, e intrepidez; qualidades, que os tornam dignos dos seus Antepassados, e tão famosos como eles. Por tanto, Portugueses, ninguém desenvolve melhores disposições para serdes a melhor Tropa; e convencido desta verdade, o Marechal Comandante-em-Chefe se vê com o maior prazer identificado com a Nação Portuguesa: Ele é um Oficial Português, e aos Portugueses confia a sua honra, e a sua reputação, bem seguro de que lhe hão-de ser vantajosamente restituídas. O Marechal Comandante-em-Chefe julga necessário protestar-vos, que ele considerará sempre como um dos seus mais importantes deveres o fazer realçar o merecimento, onde quer que ele aparecer; e que a única recomendação para ele atendível, será o zelo, a inteligência, a actividade, o valor, o patriotismo; qualidades, que encontrarão nele sempre um decidido, e activo Protector. O Marechal e Comandante-em-Chefe chama a atenção de todos os Oficiais Generais, e Subalternos sobre o Estado actual, e melhoramento do Exército; e convencido que o melhor método de introduzir nos Corpos Militares a Disciplina, e exacta observância dos deveres, é o exemplo dos Oficiais, espera que eles não faltarão aos seus Soldados com uma tão importante e necessária Lição. Espera com impaciência o Marechal Comandante a primeira ocasião de visitar, inspeccionar assim os diferentes Corpos, que se acham já em Campanha, como todos os demais do Exército; e aproveitará todas as ocasiões de promover a satisfação, decoro, e vantagem dos Oficiais, e Soldados, que se lhe confiaram Quartel-General.
Lisboa 15 de Março de 1809 = Assinada pelo Senhor Marechal”
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