domingo, 23 de março de 2008

Recordando a Guerra Peninsular.

Durante a Guerra Peninsular o Exército Português participou em cerca de 280 acções de combate (15 batalhas, 215 combates, 14 sítios, 18 assaltos, 6 bloqueios e 12 defesas de praças) sofrendo 21.141 baixas em acção. 5.160 mortos, dos quais 213 oficiais e 4.974 soldados e graduados, 9.372 feridos e 6.609 prisioneiros ou extraviados, números que não incluem as baixas e mortos entre as milícias ou ordenanças. Em termos populacionais, Portugal terá perdido como consequência da guerra, cerca de 215.000 pessoas numa população que se estimava em cerca de 2.8 milhões de pessoas.

8 comentários:

Jorge Quinta-Nova disse...

Números impressionantes, sem dúvida, que devem ser devidamente reflectidos hoje em dia.
A questão das milícias e ordenanças fez-me lembrar a minha leitura recente das cartas de Wellington a Massena por alturas da Batalha do Buçaco, informando-o que as Ordenanças eram unidades militares legais, pois Massena havia dado ordem para fuzilar todos os Ordenanças capturados.

Lagos Militar [João Torres Centeno] disse...

É verdade, apesar de alguns autores indicarem que a carta se referia às milícias, quando na verdade se referia às Ordenanças. Um dia deste ponho o texto da carta ( que é em francês) numa das mensagens.

Jorge Quinta-Nova disse...

Estava a olhar para a minha estante, e lembrando-me de outro post, falando de livros, o caro amigo conhece decerto o 'calhamaço' As Ordenanças e as Milícias em Portugal (c. 1000 páginas), do Nuno Gonçalo Pereira Borrego. Ora aí está um exemplo de algo não muito vandável, mas essencial.

Lagos Militar [João Torres Centeno] disse...

Efectivamente, apesar de considerar que deveria ter mais profundidade na orgânica e historia da instituição.
Já agora, falando de obras essenciais; Dickson e D´ Urban são essenciais para a historia do Exercito Português durante a Guerra Peninsular. Pena que não estejam traduzidos.

Jorge Quinta-Nova disse...

Já agora, 'baixei' do Google Livros os Apontamentos Biográficos do 1.º Conde de Samodães, escrito pelo filho, se não me engano. Entre outras coisa, tem o 'mérito' de ter sido Major da Brigada de Lecor em 1809. É também das poucas coisas que tenho encontrado em termos de memórias portuguesas (coisa profícua nos Ingleses).
É um homem do Regimento de Fronteira, e não de Lagos, mas quando o peixe é pouco... :)

Jorge Quinta-Nova disse...

A Guarda-Mor acho que é a única editora portuguesa que pega em livros antigos e os edita fac-simile.
As suas duas sugestões bem que lhes podiam cair no plano editorial, com adequado enquandramento.
Algo tipo Ken Trotman.

Helena disse...

a biblioteca nacional começou timidamente a digitalizar, não tarda teremos disponíveis os portugueses, à imagem do que está aconteceR via google books e gutenberg project

e vivam os ingleses! LOL

cumprimentos aqui da Roliça

Jorge Quinta-Nova disse...

Desde que encontrei a História da Guerra Civil, de Luz Soriano, totalmente digitalizada na BND, sou o fã n.º 1 da Biblioteca Nacional e visitante assíduo do www.purl.pt .