No Post de ontem, falei da espada de Dom Diogo de Sousa, 1.° Conde do Rio Pardo. Pois aqui ficam dias imagens retiradas de um catálogo de Leilões de 1989, Leilão que teve a temática Portugal-Brasil I e foi realizada pela Silva´s Leiloeiros.
Era o seguinte , o texto do lote:
«320
A Espada do Conde do Rio Pardo, Capitão-general do Rio Grande e Vice-Rei da Índia - Uma das poucas armas de indiscutível atribuição. Leva o seu brasão Embutido em Ouro em ambas as faces da lamina. A espada em si mostra todas as características duma boa espada de combate dum militar português de alta patente dos primeiros anos do século XIX. As suas guarnições são em bronze dourado a fogo, o porno em feitio de águia. Bainha em bronze dourado a fogo com gravação dum troféu de armas e com motivos florais e geométricos. A lamina (como o resto da arma em excelente estado de conservação), ainda conserva o seu azulado de origem e todo o seu embutido em fios de ouro. A história desta espada bem como a do seu dono são bem conhecidas. Chamamos a atenção para o artigo publicado na revista "Jornal do Exercito" em Abril de 1983. Resumindo, trata-se da arma de Dom Diogo de Sousa, 1.° Conde do Rio Pardo, que nasceu em Lisboa a 17 de Maio de 1755 e faleceu em 12 de Julho de 1829. Como oficial de carreira foi nomeado Governador-Geral de Moçambique (1793). Cinco anos mais tarde foi para o Brasil, Maranhão. Em 1807 foi encarregado de organizar a nova Capitania de Rio Grande do Sul, onde criou as vilas de São Pedro e de Rio Pardo atraindo para ali grande número de colonos. Em 1810 recebeu ordens para ocupar Montevideu que estava em revolução, tendo os seus caudilhos violado a fronteira brasileira. Destruiu as forcas de Artigas. Em 1812 foi no nomeado Vedor da Casa Real. Em 1815 recebeu o titulo de Conde do Rio Pardo e o grau de cavaleiro da Torre e Espada. Em 1816 foi nomeado Vice-Rei da Índia onde se destacou por uma governação considerada brilhante. Em consequencia da revolução de 1820, acabou por ser preso em Goa em 1821 e liberto pouco depois, jurando a constituição em 1822. Em 1824 foi nomeado Conselheiro da Guerra, em 1825 Presidente do Conselho Ultramarino e em 1826 Par do Reino. Dom Diogo de Sousa entrou em combate em três continentes levando consigo esta sua espada. Uma arma idêntica vem representada na gravura dos planos dos uniformes publicados em Lisboa em 1806. A arma deve datar de pouco tempo antes. As inscrições em fios de oura devem ter sido aplicadas no Brasil em 1815 na sua espada de serviço. Não se trata de uma espada de honra, feita somente para um solene momento da entrega, mas duma espada militar que viu serviço e que durante a sua época de serviço acabou por ser enobrecida com o brasão e a titulo do seu dono, o que e bastante mais raro mas compreensível pelas circunstancias da sua nomeação no Brasil. Comprimento total 110 em. Uma Arma de Indiscutível Interesse Histórico, curiosamente, tanto para 0 Brasil, como para Moçambique, Goa e Portugal.
Base e valor sob pedido »
Penso que esta espada terá ido parar também ao espólio da seguradora Lusitânia,
Era o seguinte , o texto do lote:
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A Espada do Conde do Rio Pardo, Capitão-general do Rio Grande e Vice-Rei da Índia - Uma das poucas armas de indiscutível atribuição. Leva o seu brasão Embutido em Ouro em ambas as faces da lamina. A espada em si mostra todas as características duma boa espada de combate dum militar português de alta patente dos primeiros anos do século XIX. As suas guarnições são em bronze dourado a fogo, o porno em feitio de águia. Bainha em bronze dourado a fogo com gravação dum troféu de armas e com motivos florais e geométricos. A lamina (como o resto da arma em excelente estado de conservação), ainda conserva o seu azulado de origem e todo o seu embutido em fios de ouro. A história desta espada bem como a do seu dono são bem conhecidas. Chamamos a atenção para o artigo publicado na revista "Jornal do Exercito" em Abril de 1983. Resumindo, trata-se da arma de Dom Diogo de Sousa, 1.° Conde do Rio Pardo, que nasceu em Lisboa a 17 de Maio de 1755 e faleceu em 12 de Julho de 1829. Como oficial de carreira foi nomeado Governador-Geral de Moçambique (1793). Cinco anos mais tarde foi para o Brasil, Maranhão. Em 1807 foi encarregado de organizar a nova Capitania de Rio Grande do Sul, onde criou as vilas de São Pedro e de Rio Pardo atraindo para ali grande número de colonos. Em 1810 recebeu ordens para ocupar Montevideu que estava em revolução, tendo os seus caudilhos violado a fronteira brasileira. Destruiu as forcas de Artigas. Em 1812 foi no nomeado Vedor da Casa Real. Em 1815 recebeu o titulo de Conde do Rio Pardo e o grau de cavaleiro da Torre e Espada. Em 1816 foi nomeado Vice-Rei da Índia onde se destacou por uma governação considerada brilhante. Em consequencia da revolução de 1820, acabou por ser preso em Goa em 1821 e liberto pouco depois, jurando a constituição em 1822. Em 1824 foi nomeado Conselheiro da Guerra, em 1825 Presidente do Conselho Ultramarino e em 1826 Par do Reino. Dom Diogo de Sousa entrou em combate em três continentes levando consigo esta sua espada. Uma arma idêntica vem representada na gravura dos planos dos uniformes publicados em Lisboa em 1806. A arma deve datar de pouco tempo antes. As inscrições em fios de oura devem ter sido aplicadas no Brasil em 1815 na sua espada de serviço. Não se trata de uma espada de honra, feita somente para um solene momento da entrega, mas duma espada militar que viu serviço e que durante a sua época de serviço acabou por ser enobrecida com o brasão e a titulo do seu dono, o que e bastante mais raro mas compreensível pelas circunstancias da sua nomeação no Brasil. Comprimento total 110 em. Uma Arma de Indiscutível Interesse Histórico, curiosamente, tanto para 0 Brasil, como para Moçambique, Goa e Portugal.
Base e valor sob pedido »
Penso que esta espada terá ido parar também ao espólio da seguradora Lusitânia,
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