quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O arsenal do Exército . Parte 1 . Sérgio Veludo Coelho.

LEGRAND, Charles, fl. entre 1839 e 1847 Arsenal do Exército em Lisboa [Visual gráfico / Legrand. - [S.l. : s.n., ca. 1842] ([Lisboa] : Off. Lith de M. e l Luiz. - 1 gravura : litografia, p&b ; 14,6x22,7 cm (esquadria). - Data baseada no período de actividade do autorCDU 725.18(469.411.16)Arsenal do Exército(084.1) 763(=1:469)"18"(084.1)

Hoje damos inicio ao primeiro texto de Sergio Veludo Coelho sobre o arsenal do exército.


O arsenal do exército - Parte 1.


Por determinação do conde de Lippe, pelo Alvará Régio de 24 de Março de 1764, a Tenência passou a denominar-se por Real Arsenal do Exército. Em 1791, o Alvará Régio de 21 de Outubro estabeleceu um regulamento pelo qual se deveriam reger os Arsenais Reais do Exército e Intendência Geral da Fundição de Artilharia e Laboratórios de Instrumentos Bélicos, sob a inspecção da Junta da Fazenda dos Três Estados. A principal repartição do Arsenal do exército situava-se no edifício da extinta Tenência, a antiga Fundição de Baixo. Mas este edifício também continuou a funcionar como depósito de peças de artilharia, espingardas e outras armas de fogo e brancas. As instalações do arsenal do exército não se encontravam num único edifício mas estavam compreendidas em várias dependências. Apesar disso o Arsenal Real do Exército, em Lisboa, entre os finais do século XVIII e no início do século XIX, não deixava de ser um pólo industrial de importância estratégica para a defesa nacional, sobretudo face aos desafios que teve de enfrentar e que resultaram das várias campanhas militares que foram consequência da intervenção militar portuguesa no Roussillon, a Guerra das Laranjas em 1801 e todo o período da Guerra Peninsular, entre 1807 e 1814. Nas infra estruturas do Arsenal de Lisboa destacavam-se quatro estabelecimentos principais que eram as instalações da Fundição de Baixo, o Parque de Stª Clara e respectiva Fábrica de Armas, a Fundição de Baixo e o Laboratório de Stª Apolónia. A maior parte dos operários do Arsenal eram civis e com os mais diversos ofícios. O armamento, equipamento, fardamento e outros materiais de guerra e de campanha eram exigentes em termos de fabrico, provas e manutenção e envolviam uma extensa variedade de ofícios que se podem observar nos extensos mapas abaixo transcritos, dizendo apenas respeito ao estabelecimento de Lisboa, com relações de materiais produzidos nas respectivas oficinas e a listagem dos trabalhadores.»
Continua.

Sem comentários: